Grupo Pedras Vivas - Terceira Idade da Igreja Batista Itacuruçá

Seja bem vindo ao nosso blog, aqui vc encontrará informações, poesias, mensagens. Participe do nosso grupo.















quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Conversando sobre Sono – Parte II

Postado por: ABG - Associação Brasileira de Gerontologia | Em: Vivendo com Saúde
Quem não reconhece a importância de uma boa noite de sono, não é mesmo? Pensando nisso, hoje, continuaremos falando sobre esse tema tão relevante.
Na primeira parte de nossa conversa, falamos sobre a importância do sono noturno para a consolidação das memórias e para colaborar com nosso estado de humor. Falamos também sobre os transtornos de saúde aos quais os trabalhadores noturnos e os funcionários de companhias aéreas podem estar sujeitos em relação à qualidade de vida. Vamos falar agora sobre as mudanças nos padrões de sono que ocorrem ao longo da nossa vida e, em especial na 3ª. Idade, em função da nossa preferência para executar atividades.
Preferências individuais para atividade e repouso
Existem três tipos de preferências por padrão de atividade-repouso que se manifestam desde a infância e que se modificam na adolescência e na velhice. Esta preferência é chamada cronotipo, e está dividida em: a) indivíduos matutinos, são os que têm mais facilidade para acordar cedo e estão mais dispostos para atividades pela manhã; b) indivíduos vespertinos, são os que gostam de dormir e acordar tarde e têm preferência por trabalhar e estudar à noite, por isto, é muito comum aquela sonolência dos adolescentes nas aulas pela manhã; c) indivíduos intermediários, aqueles que conseguem fazer as coisas nos dois períodos.
Esta preferência vai se modificando ao longo da vida. Em geral, na adolescência as pessoas tendem a ser mais vespertinas e no envelhecimento vão se tornando mais matutinas. É muito importante que nós tenhamos essa percepção da nossa tendência para adaptarmos nossas atividades respeitando esta característica.
E na Terceira Idade?
Nessa fase as pessoas tendem a ser mais matutinas, acordando super cedo e serem bem mais ativas pela manhã. Seu rendimento fica prejudicado no fim da tarde e à noite. Se as pessoas não entenderem esse aspecto podem escolher atividades em horários não adequados e começarem a apresentar irritabilidade, falta de concentração e cochilarem em hora e lugar impróprios, o que pode progredir para problemas crônicos de insônia. Aí, é um passo para que a pessoa só consiga dormir com o uso de tranquilizantes, que muitas vezes podem causar dependência e a pessoa não consegue mais se libertar.
Existem aqueles, que mesmo quando idosos, mantêm seu cronotipo vespertino; nestes casos, também é bom observar e não obrigar as pessoas a dormirem e acordarem em horários rígidos e com determinadas horas de sono padronizadas.
Falando em horas de sono, gostaríamos de frisar que existe em nosso meio a orientação de que todas as pessoas têm que dormir oito horas por noite, mas nós temos necessidades e ritmos diferentes. Por isto, temos que perceber quantas horas de sono são suficientes para nós, sem achar que estamos “fora da lei”.
Outros fatores que influenciam na qualidade do sono
Além dessa nossa preferência por horários para atividades, ou cronotipo, existem inúmeras possibilidades para explicar os distúrbios do sono em idosos, como por exemplo, o uso inadequado de medicamentos, ou o horário inadequado de ingeri-los; a necessidade frequente de urinar à noite; a falta de atividades durante o dia, o excesso de horas à frente da televisão, enfim, são muitas as influências para perturbar a noite de sono, mas podemos nos aprofundar nestes aspectos numa próxima oportunidade.
Para concluir, mostramos no quadro abaixo como a má qualidade do sono pode afetar a nossa vida diária.
Imagem Conversando sobre o sono II

Texto por: Eva Bettine, Thais Bento Lima e Tiago Nascimento Ordonez
(Gerontólogos pela USP e Diretores da Associação Brasileira de Gerontologia)

Nenhum comentário:

Postar um comentário