Grupo Pedras Vivas - Terceira Idade da Igreja Batista Itacuruçá

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quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Educação alimentar

A educação alimentar compreende algo mais complexo, é um processo, ou seja, além da mudança de hábitos alimentares, existe o aprendizado do que é saudável, mantendo aspectos do indivíduo, é a construção do conhecimento, a vivência.

Para que cada um entenda e adquira bons hábitos alimentares e os transmita é necessário que a pessoa participe realmente do processo. Ela deve querer conhecer os alimentos, suas funções no corpo, sua importância, para entender o porque desses alimentos serem recomendados.

A alimentação não deve ser imposta como algo fixo, restrito, que gere sacrifícios. (Quer emagrecer de forma saudável, sem sacrifícios? Clique aqui!) Deve ser algo planejado conforme as preferências da pessoa e principalmente levando em conta, hábitos e costumes, respeitando aspectos culturais, tudo com muito bom senso, e claro com o equilíbrio nutricional necessário.

É muito importante que o educador respeite a individualidade da pessoa e conheça seus hábitos atuais, para que aos poucos introduza o que é necessário melhorar e incentive para que continue mantendo o que é bom, garantido assim uma boa nutrição. 

Mudar hábitos não é tarefa fácil, mas é possível. É um processo de educação e deve ser encarado dessa maneira, com erros, acertos, deslizes, recaídas, etapas vencidas e tudo mais que será necessário nesse processo. Tudo em busca da saúde do corpo e da mente, e lembre-se tudo ao seu tempo!
Por:
Roberta dos Santos Silva
Nutricionista-chefe do programa Cyber Diet, formada pela Universidade Católica de Santos CRN-3 14.113

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Combater velhos hábitos é preciso

Combater velhos hábitos é preciso

Corrigir velhos hábitos pode ser muito mais difícil do que aprender - do começo - a forma correta de fazer as coisas. Mas quando o assunto é evitar a proliferação de bactérias, todos os cuidados são necessários. É preciso jogar no lixo muitos dos conhecimentos adquiridos ao longo da vida para vencer as batalhas diárias contra aqueles seres minúsculos e tão prejudiciais à saúde.

Desde criança, aprendemos a colocar ovos na porta da geladeira, até porque os eletrodomésticos vêm de fábrica programados com essa função. No entanto, é um erro dos mais graves, porque o balanço da porta e a pouca refrigeração favorecem a deterioração do produto e o ovo vira uma estufa para a criação das terríveis salmonelas, bactérias responsáveis por boa parte das intoxicações alimentares.

O professor Roberto Figueiredo, bioquímico especializado no combate às bactérias, conhecido nacionalmente como Dr. Bactéria, proferiu uma palestra e desmistificou a maioria dos maus hábitos das pessoas. “Você lava carne? Pois isso é muito errado, porque a água contribui para facilitar a entrada das bactérias”, informou à platéia. Para ilustrar as verdades que estava transmitindo para o público, Dr. Bactéria mostrou dados preocupantes. Em todo o mundo, 1,5 milhão de crianças menores de cinco anos adoecem de diarréia por ano, o que gera três milhões de mortes, das quais 70% são causadas por manipulação errada de alimentos. “Isso demonstra total ignorância frente às bactérias novas”.

O bioquímico condena hábitos diários das donas-de-casa, como arear panela (não se deve lustrá-la por dentro, para não soltar a substância química), armazenar o frasco de vinagre fora da geladeira, usar lixeirinha de pia, usar pregadores de roupa para fechar saquinhos de alimentos, guardar pedaços de legumes ou de frutas na porta da geladeira e guardar cola na geladeira - “Não se pode armazenar alimentos com produtos químicos”. Para se ver livre das bactérias, os cuidados com a pia devem ser redobrados. A esponja de lavar louças deve ser lavada e desinfetada diariamente e trocada semanalmente. Dr. Bactéria não falou sobre os possíveis riscos de contaminação do tradicional pano de coar café, tão comum no Nordeste, e do pano de prato. Mas levando em consideração tudo o que ele disse, mantê-los limpos é a melhor saída.

Professor Roberto apresenta verdadeiros desafios para o senso comum. Segundo ele, deve-se consumir leite pasteurizado sempre, mas o líquido jamais deve ser fervido em casa. O produto deve ser aquecido a 80 graus C no máximo (cerca de quatro minutos) para que as propriedades nutricionais sejam mantidas.
Outra “esquisitice” apresentada é com relação à forma de armazenar os alimentos recém-preparados. Sabe aquele gesto gentil da mamãe em guardar o pratinho do filho no forno? Dr. Bactéria diz que isso é oferecer um prato de veneno. “As pessoas passam mal porque comem comida contaminada, não estragada. O risco é ainda maior porque o alimento não apresenta sinais de contaminação e as pessoas comem mesmo”.

Ele explicou que os alimentos perecíveis devem ser mantidos fora da geladeira por no máximo duas horas. Se ainda estiverem quentes, devem ser levados destampados para refrigeração para que o ar frio circule. “Depois, podem ser tampados normalmente”. O produto quente não compromete o funcionamento do eletrodoméstico, só faz aumentar o consumo de energia. “Mas eu prefiro pagar mais caro a conta do que pagar com minha saúde”. Enfim, são muitos cuidados que devemos tomar.

Alguns são quase impraticáveis, outro são mais fáceis.

Ponto para:
- quem conseguir não colocar meio tomate, meia cebola, na porta da geladeira.
- quem não lava frutas e verduras quando chega da feira e sim duas horas depois de refrigeradas.

Mel não pode ser oferecido a crianças!
E mil pontos para quem não oferece mel para crianças com menos de um ano. Mel? Dr. Bactéria avisou às mães que todo cuidado é pouco com esse rico alimento. Segundo ele, 8% da produção de mel é contaminada por uma bactéria chamada clostridium botulino. Os seres humanos desenvolvem anticorpos de defesa contra os microorganismos, mas somente após um ano de idade. “Muitas crianças morrem de causas não explicadas e alguns desses óbitos podem ser atribuídos ao mel”.

Uma das críticas mais severas feitas pelo professor Roberto foi com relação a experimentar e soprar a comida dos bebês – que muita gente desavisada faz –
e soprar velinhas de bolo de aniversário. “O aniversariante sopra e depois a mamãe oferece um pratinho de bactérias para os convidados. Aconselho a adoção daqueles bolos gelados, embrulhados em papel alumínio”. As festas são ocasiões ideais para a proliferação de bactérias, porque os alimentos ficam expostos por tempo acima do considerado ideal. O bioquímico cita a maionese como uma das vilãs das intoxicações alimentares, principalmente as (maioneses) caseiras. “O perigo é maior para os donos das festas, que só têm tempo de comer os quitutes no dia seguinte. E ainda acham que é gostoso”.

Salmonela

Salmonelose é uma infecção causada pela bactéria chamada salmonela, que se desenvolve principalmente em alimentos crus. O risco de contraí-la em maionese caseira, portanto, é latente. A maioria das pessoas infectadas por salmonela desenvolve diarréia, febre e cólica abdominal entre 12 e 72 horas depois da infecção. Salmonelose geralmente dura entre quatro e sete dias, sendo que a maioria das pessoas se recupera sem necessidade de tratamento. Porém, em algumas pessoas, a diarréia pode ser tão forte que o paciente precisa ser hospitalizado. A infecção por salmonela pode se espalhar dos intestinos para a corrente sanguínea, e daí para outras partes do corpo, podendo ser fatal caso a pessoa não seja tratada rapidamente com antibióticos. Idosos, crianças e aqueles com sistema imunológico enfraquecido têm mais probabilidade de desenvolverem casos graves de salmonelose.

http://leonildaphotmailcom.blogspot.com/2010/03/8-erros-na-cozinhadr-bacteria.html

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Dicas caseiras

Às vezes , nos acostumamos a realizar nossos trabalhos de casa, mas nem sempre é a melhor maneira, descubra o que você está fazendo que não é o melhor.
... nada de exageros - não coloque mais sabão do que o indicado , sabão em excesso pode manchar as roupas e deixá-las duras. jogar sabão sobre o tecido também  causa manchas.
...limpeza é bom e eu gosto - fazer a limpeza da sua máquina de lavar de acordo com as recomendações da  fabricante é importante para garantir o seu pleno funcionamento.
...cabides para pendurar camisas - marca de pregador em camisas não é nada elegante. para evitar pendure-as em cabides no varal.
...não deixe a roupa de molho de um dia para o outro - em vez de ajudar na limpeza, o molho prolongado pode causar mau cheiro nas roupas. Além disso, após duas horas o detergente em pó perde seu efeito.
...eles querem respirar - o verão chegou e os casacos de inverno voltaram para o fundo do guarda-roupa, devidamente protegidos em sacos plásticos, correto? Não, errado! O plástico impede a troca de vapores entre a roupa e o ambiente externo, favorecendo a umidade e o surgimento de mofo, o certo é guardar os casacos em sacos de TNT.
(fontes consultadas: Paulo Alfieri, professor de engenharia têxtil do Centro Universitário da FEI, revista Vital Unilever)

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Quarto de badulaques (II)

Quarto de badulaques (II)  - Rubem Alves

- VELHICE: Descobri que eu estava velho há muitos anos, num metrô de São Paulo. Foi assim: o vagão estava lotado e não havia assento vago. Não liguei. Eu era jovem, pernas e braços fortes, podia fazer a viagem de pé, segurando um balaústre. Aí comecei a observar metodicamente o rosto das pessoas, coisa que gosto muito de fazer. Os rostos revelam mundo. Muitas crônicas me apareceram no ato de observar um rosto. Uma vez, tomando o meu café da manhã num hotel em Uberaba, fui comovido pelo rosto de um garçom já meio velho, magro, calvo, daqueles que não cortam o cabelo de um lado, para com seus fios compridos tentar disfarçar (inutilmente) a calva lisa. Aquele rosto me comoveu. E, quase que num segundo, apareceu na minha imaginação a trama de um conto. É sobre um garçom que trabalhava num hotel onde pilotos e aeromoças pernoitavam. Ele se apaixona por uma delas e a sua vida passa a girar em torno dos dias em que sua escala de vôos fazia com que aquela que ele amava secretamente dormisse no hotel. O garçom, servindo o café da manhã, dela se aproximava e respirava fundo para sentir o seu perfume. Até saiu pelas lojas de perfume, à procura daquele... Terminado o café ele recolhia copos e xícaras. Aí, furtivamente, na cozinha, quando ninguém estava olhando, os restinhos que haviam sobrado... Era como se ele a estivesse beijando. Mas, voltando ao metrô. De repente meus olhos encontraram uma moça que também olhava para mim, com um discreto sorriso nos lábios. Foi um momento de suspensão romântica: eu olhando para ela, ela olhando para mim. Aquele poderia ser o início de uma estória de amor por acontecer. Muitas estórias de amor se iniciam em estações. Mas então, naquele momento de suspensão romântica, ela fez um gesto delicado: sorrindo, ela se levantou e me ofereceu o lugar... Entendi então o sentido do seu sorriso: olhando para mim ela se lembrava do seu avô, velhinho tão querido... Compreendi que eu estava velho. Foi um momento de revelação. Desde então o meu pensamento volta sempre para a velhice.

- No dia do meu aniversário escrevi uma crônica com o título “Fiquei velho...“ Eu estava feliz quando escrevi. Mas minha crônica provocou cartas de protesto. Muitos velhos não gostam de ser chamados de “velhos“. Querem ser chamados de “idosos“. Não gostaram do título da crônica. Pediram que eu trocasse o “velho“ por “idoso“. Mas a palavra “idoso“ é boba. Não se presta para a poesia. “Idoso“ é palavra que a gente encontra em guichês de supermercado e banco: fila dos idosos, atendimento preferencial. Recuso-me a ser definido por supermercados e bancos. “Velho“, ao contrário, é palavra poética, literária. Já imaginaram se o Hemingway tivesse dado ao seu livro o título de “O idoso e o mar“? Eu não compraria. E o poema das árvores, do Olavo Bilac: “Veja essas velhas árvores“... Que tal “Veja essas árvores idosas...“ É ridículo. Eu jamais diria de uma casa que ela é “idosa“. A palavra “idosa“ só diz que faz muitos anos que a casa foi construída. Mas a palavra “velha“ nos transporta para o mundo da fantasia. O velho sobradão do meu avô, onde vivi minha infância. Meus livros velhos, folhas soltas de tanto uso. Estão assim porque viveram muito, fiz amor com eles, tão frequentemente e tantas vezes, que se gastaram. O Chico tem uma linda canção com o título: “O velho“. É triste. Se o título fosse “O idoso” seria ridícula. Já imaginaram? O casal vai fazer bodas de ouro: cabeças brancas. Eles se abraçam, se beijam, e ele diz para ela, carinhosamente: “Minha idosa“ - ao que ela responde com um sorriso: “Meu idoso...“ Não é nada disso. É “minha velha“ e “meu velho“...

- A metáfora mais bonita que conheço para a velhice é o crepúsculo, o pôr-do-sol. O crepúsculo é lindo. Faz pensar. No crepúsculo tomamos consciência da rapidez do tempo. As cores rapidamente passam do azul para o verde, para o amarelo, para o abóbora, para o vermelho, para o roxo, para o negro... No crepúsculo sentimos o tempo fluir rapidamente. Por isso muitas pessoas têm medo dele. A famosa “happy-hour“ foi inventada como terapia para a tristeza do crepúsculo. No crepúsculo nos tornamos poetas. Muitos poetas escreveram sobre ele: Cecília Meireles, Fernando Pessoa, Browning, Wordsworth.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Dicas Básicas para Cuidadores Profissionais de Idosos

Ressaltamos a todos os cuidadores que somente vontade de trabalhar com os idosos não é suficiente para entrar nesse mercado de trabalho. Escrevo abaixo 10 dicas básicas para aumentar as chances de conseguir emprego nessa área e produzir uma boa carreira e um bom currículo.
·    Em primeiro lugar, é imprescindível saber lidar com idosos, ter vocação para trabalhar com pessoas idosas.
·    Vontade e vocação só não resolvem. O aprimoramento teórico é importante, ou seja, é necessário estudar sobre cuidar de idosos, fazer um bom curso de cuidador de idosos.
·    Somando-se à vocação e ao estudo, temos também o treinamento prático. Buscar trabalho voluntário em asilos e hospitais filantrópicos poderá ser um ótimo estágio para iniciantes e posterior fonte de referência para futuros empregos.
·    Nunca se deve mentir sobre o que não sabe fazer ou de tarefas que nunca desempenhou. Não coloque no currículo aquilo que não foi realizado por você.
·    Se você não tem facilidade em redigir o seu currículo, peça ajuda. Um currículo mal feito tem o mesmo efeito negativo que não ter um currículo para apresentar.
·    Além de escrever somente seus trabalhos, seus cursos e estágios reais, evite colocar, ao final, palavras ou frases que pouco definam seus objetivos no emprego desejado. Exemplos negativos: “quero dar o melhor de mim”, “não decepcionarei meu empregador”, “irei me esforçar para conseguir meus objetivos”. Exemplos de objetivos positivos e que agradam a quem contrata: “Com minha experiência, pretendo ajudar o idoso no seu dia-a-dia, auxiliando no cuidado à sua saúde.” “Creio estar capacitada para ajudar a família a cuidar melhor de seu idoso, oferecendo meus serviços e minha experiência”.
·    A primeira impressão é que fica! Ao ser chamada para uma entrevista na casa do empregador ou numa instituição de longa permanência, vista uma roupa adequada, evitando saias curtas ou blusas decotadas, calce sapatos fechados e faça um penteado sóbrio. Nunca se apresente de bermuda, saias curtas, sandálias ou chinelos, cabelos despenteados e com tatuagens aparentes.
·    A primeira semana de trabalho revela claramente a experiência e real capacidade do cuidador em cuidar do idoso. E, podem ter certeza, a família que emprega vai estar observando tudo, nos mínimos detalhes.
·    A casa do idoso e de sua família é seu santuário. Tal como padre, pastor e médico, o cuidador de idosos não poderá comentar com ninguém o que viu, ouviu ou presenciou durante o seu trabalho. Em outras palavras, não poderá participar a outros de fora, o que se passa dentro da casa do idoso. A não ser em caso de violência doméstica.
·    Construir uma carreira e um bom currículo leva algum tempo, muito estudo e trabalho. Ninguém nasce sabendo e nem vai ser em 1 ou 2 anos que teremos um bom cuidador ou uma cuidadora experiente. Seja empenhado naquilo que faz, trabalhe com seriedade e, principalmente, conquiste amigos e parceiros nas família com quem trabalhar.  E são essas famílias que darão respaldo e referências sobre seu trabalho. Para um bom cuidador, uma boa cuidadora sempre haverá famílias que queiram contratar com um excelente salário.

domingo, 1 de janeiro de 2012

Cora Coralina

Texto recebido por e-mail, mandado pela irmã Adelita

Eu não tenho medo dos anos e não penso em velhice. E digo pra você, não pense.
Nunca diga estou envelhecendo, estou ficando velha. Eu não digo.
Eu não digo que estou velha, e não digo que estou ouvindo pouco.
É claro que quando preciso de ajuda, eu digo que preciso.
 
Procuro sempre ler e estar atualizada com os fatos e isso me ajuda a vencer as dificuldades da vida.
O melhor roteiro é ler e praticar o que lê. O bom é produzir sempre e não dormir de dia.
Também não diga pra você que está ficando esquecida, porque assim você fica mais.
Nunca digo que estou doente, digo sempre: estou ótima. Eu não digo nunca que estou cansada.
 
Nada de palavra negativa. Quanto mais você diz estar ficando cansada e esquecida, mais esquecida fica.
Você vai se convencendo daquilo e convence os outros. Então silêncio!
Sei que tenho muitos anos. Sei que venho do século passado, e que trago comigo todas as idades,
mas não sei se sou velha, não.
Você acha que eu sou?
 
Convoco os velhos como eu, ou mais velhos que eu, para exercerem seus direitos.
Sei que alguém vai ter que me enterrar, mas eu não vou fazer isso comigo.
 
Tenho consciência de ser autêntica e procuro superar todos os dias minha própria personalidade,
despedaçando dentro de mim tudo que é velho e morto,
pois lutar é a palavra vibrante que levanta os fracos e determina os fortes.
 
O importante é semear, produzir milhões de sorrisos de solidariedade e amizade.
Procuro semear otimismo e plantar sementes de paz e justiça. Digo o que penso, com esperança.
 
Penso no que faço, com fé. Faço o que devo fazer, com amor.
Eu me esforço para ser cada dia melhor, pois bondade também se aprende.
 
Mesmo quando tudo parece desabar, cabe a mim decidir entre rir ou chorar, ir ou ficar, desistir ou lutar;
porque descobri, no caminho incerto da vida, que o mais importante é o decidir.
 
Cora Coralina

Planejando sua velhice

Planejando sua velhice Planejando sua velhice
Planejando sua velhice
O aumento da expectativa de vida da população brasileira associado a uma maior proporção de pessoas idosas em nosso país ajuda a provocar uma sensível mudança no ponto de vista da população em geral.
Uma dessas mudanças diz respeito ao aumento da expectativa de vida: graças aos avanços médicos tecnológicos as pessoas estão vivendo cada vez mais, o que acaba acarretando aparentes modificações no curso de vida: as pessoas prolongam a adolescência, buscam mais de uma graduação, estudam mais, adiam o casamento, adiam a maternidade, deixam a aposentadoria para mais tarde, pois acreditam que terão mais tempo para curtir o presente e o futuro. Pessoas que atualmente se encontram na meia-idade há meio século eram taxadas como velhas e viviam segundo este antigo modelo social de que velhice era sinônimo de dependência, estagnação e ausência de expectativas em relação ao futuro.
Esta verdadeira postergação de alguns eventos da vida reflete mais um lado desta nova realidade: além de querer viver mais anos, almeja-se ter qualidade de vida. A preocupação em viver muitos anos gozando de boa saúde (do ponto de vista biopsicossocial) reflete uma recente realidade: o planejamento para seu próprio envelhecimento.
Planejar sua velhice consiste numa série de preocupações e atitudes que vêm sendo tomadas ao longo da vida, com o intuito de se ter um envelhecimento mais tranquilo. Pensa-se na prevenção, para não ser pego de surpresa num momento desagradável. Planejar a velhice implica em pensar em aspectos familiares, de saúde, financeiros, sociais, dentre outros, os quais serão ilustrados a seguir.
Em relação à família, a primeira escolha se diz respeito a casar-se ou manter-se solteiro; permanecer casado, divorciar-se, recasar-se ou não. Mesmo que de maneira inconsciente, ainda na juventude, o casal acaba planejando quantos filhos terá, ou seja, quem o acompanhará em sua velhice. Infelizmente ter mais ou menos filhos não é garantia de cuidados na velhice, visto que é considerável o número de filhos que não querem cuidar dos pais idosos, porém, até hoje existe o estigma de que quem não tiver filhos não terá ninguém para cuida-lo no futuro.
Cuidar da saúde, adotar hábitos de vida saudáveis e prevenir doenças são umas das formas mais importantes (se não disser a mais importante) de se planejar uma velhice satisfatória. Cuidar da saúde é um investimento vitalício e de longo prazo, e esta preocupação deve começar o mais cedo possível.
Ser rico não é necessariamente sinônimo de envelhecer bem (visto que dinheiro não financia saúde), mas precisamos dele para envelhecer com dignidade. Esta é outra preocupação de longo prazo: precisamos, desde cedo, planejar aposentadoria, previdência privada, planos de saúde, planos funerários. Além disso, atualmente alguns idosos já demonstram uma preocupação além: de guardarem uma reserva financeira para se, com o avanço da idade, surgirem gastos como uso de remédios, contratação de cuidadores ou mesmo mensalidades de instituições de longa permanência. Uma forma consciente de garantir um futuro tranquilo para si mesmo, sem depender exclusivamente da família para gastos e cuidados.
Em relação ao convívio social, vários estudos mostram que manter uma vida social ativa e ter bons amigos ao longo da vida é fator protetor durante o processo de envelhecimento. Ter com quem dividir alegrias, tristezas, conquistas e perdas é muito importante, e parece ser cada vez mais difícil fazer amizades sinceras e conserva-las com o passar dos anos. Envelhece-se junto com os amigos!
Com base nestes poucos aspectos aqui elucidados torna-se mais fácil perceber a importância de pensar em seu próprio envelhecimento e planejar para que, na medida do possível, este evento não seja acompanhado de surpresas desagradáveis que poderiam ser prevenidas mais cedo.

Feliz Ano Novo - 2012.

Eu continuarei envolvida com o trabalho social do envelhecimento. Interessada na Gerontologia . Até por causa própria. Quero construir uma boa velhice. Continuarei desejando sensibilizar a comunidade para a prática de solidariedade com os idosos. Continuarei acreditando que os idosos- sobretudo- os autônomos e independentes – podem colaborar na construção de uma cidade mais solidária e justa socialmente. E é pensando nisso que nós, Grupo Pedras Vivas, damos um Viva ao Ano de 2012, que o Senhor continue abençoando o trabalho com a terceira idade, e nos dando sua visão para fazermos diferença em nosso bairro, nossa cidade.